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Mielografia com Subtração Digital / Digital Subtraction Myelography (DSM)

A mielografia com subtração digital tem sido descrita em conjunto com a mielotomografia de decúbito lateral como um dos estudos de maior sensibilidade para a detecção de fístulas liquor-venosas/venoliquóricas.

A DSM envolve os mesmos passos iniciais descritos para a mieloTC convencional, isso é, a punção lombar guiada por imagem e a injeção do meio de contraste intratecal (no espaço liquórico). Veja abaixo o diferencial desta técnica:

Qual o diferencial desta técnica?

Modalidade de Imagem

Em vez da tomografia computadorizada, na DSM utilizamos a fluoroscopia de um angiógrafo (mesmo aparelho dos cateterismos cardíacos e cerebrais) para adquirir imagens semelhantes às radiografias (raio-x), porém com potencial de altíssima resolução temporal, ou seja, podendo-se fazer múltiplas imagens sequenciais (mesmo várias por segundo se necessário).

Resolução Espacial

Além da alta resolução temporal, a fluoroscopia é um dos estudos de maior resolução espacial na Radiologia Diagnóstica. Contamos com angiógrafos de ponta capazes de detectar pequenas veias.

Subtração Digital

Além da alta resolução, a DSM utiliza a chamada subtração digital. Isso permite a realização da imagem tanto antes quanto após a injeção do contraste. Com isso, podemos subtrair todas as estruturas que não interessam ao diagnóstico, permanecendo apenas a imagem do contraste. Isso aumenta a sensibilidade para detecção de pequenos extravasamentos/veias.

O que é feito de diferente?

Para garantir a concentração do contraste no local ideal, alguns fatores são necessários:

1. Aparelho

Como a mesa do angiógrafo (diferentemente da mesa de tomografia) possui a capacidade de tilt (angulação), não é necessário posicionamento com a cabeça abaixo do corpo. O(a) paciente se deita normalmente em decúbito lateral.

2. Anestesia Geral

Embora seja possível realizar o estudo de DSM apenas com anestesia local, como habitualmente é feito na mielotomografia, qualquer respiração ou movimento do(a) paciente pode atrapalhar substancialmente o processo de subtração digital, prejudicando as imagens e o diagnóstico. Por isso, sempre que possível sugerimos a realização deste estudo sob anestesia geral e intubação.

Imagem

Veja como é possível identificar uma pequena fístula do liquor para uma veia.

Mielografia com subtração digital

Para que serve?

A principal função da mielografia com subtração digital é a de identificar a fístula liquor-venosa (também chamada de fístula venoliquórica ou fístula liquórica-venosa [CSF-venous fistula]). Habitualmente indicamos esta técnica em pacientes com suspeita de hipotensão intracraniana espontânea que não possuem coleções epidurais na ressonância magnética de coluna, ou seja, que não têm indício de extravasamentos de alto débito.

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