Mielorressonância Magnética
A mielorresonância magnética é o estudo de ressonância magnética (RM) da coluna direcionado para a avaliação de alterações liquóricas, sobretudo as fístulas liquóricas.
A ressonância magnética de coluna tem papel limitado na detecção exata do foco de extravasamento/fístula liquórica. No entanto, ela tem a capacidade de detectar a presença de coleções epidurais, ou seja, do líquido extravasado para o espaço extradural. A detecção desse líquida, além de contribuir para corroborar o diagnóstico, pode influenciar na escolha do tipo de investigação invasiva a ser realizado, por exemplo a mielotomografia convencional, dinâmica, de decúbito lateral ou DSM.
Como é feito o exame?
Exame sem contraste intratecal
Na maioria dos casos, a mielorresonância pode ser realizada da mesma forma que um estudo convencional de ressonância magnética, sem procedimentos invasivos associados. Para isso, utilizam-se técnicas específicas de aquisição da imagem para sensibilizar a avaliação do liquor e espaço epidural.
Exemplo de mielorressonância magnética demonstrando líquor tanto dentro quanto fora do espaço intradural, confirmando a hipótese de fístula liquórica

Exame com injeção intratecal de contraste
Em casos selecionados, pode-se optar pela realização da mielorressonância com a injeção intratecal do contraste (gadolínio). Apesar de um uso off-label (é previsto em bula apenas para injeção intravenosa), estudos demonstram a segurança e eficácia de seu uso intratecal. Esta técnica pode ser necessária em casos em que não foi possível identificar fístulas liquóricas com as demais modalidades (mieloTC, DSM, etc), porém persiste a suspeita clínica. Algumas fístulas liquóricas ou liquor-venosas muito sutis podem se tornar mais evidentes pelo gadolínio intratecal do que pelo contraste iodado da tomografia.
Exemplo de mielorressonância magnética com gadolínio intratecal demonstrando fístula liquor-venosa/venoliquórica não detectada pelos demais métodos.
